O que é polimedicação?
Polimedicação também chamada Polifarmácia é a administração de vários medicamentos diferentes ao mesmo tempo. Esse tipo de tratamento também ocorre de forma prolongada (mais de 3 meses) a um paciente. Considera-se que um paciente está polimedicado quando o número de medicamentos que toma diariamente é superior a cinco. No artigo, vamos falar sobre como uma pessoa idosa pode envelhecer com qualidade de vida.
O problema da polimedicação tem sido desenvolvido principalmente na geriatria (medicina que cuida dos idosos). Os mais velhos são os que mais realizam essa prática. A polimedicação está diretamente ligada às múltiplas doenças apresentadas pelos idosos.
O desafio
É um desafio para todos os médicos tratar um paciente que vai envelhecer. Isso porque os idosos costumam ter mais de uma doença ao mesmo tempo e ter controle na hora de prescrever os medicamentos.
Envelhecer com qualidade de vida é complicado levando em conta as alterações fisiológicas, sobretudo hepáticas e renais. Essas mudanças fazem com que esses pacientes sejam vulneráveis e sofram facilmente as consequências dos efeitos secundários e das interações dos medicamentos prescritos.
Remédios fatais
Os remédios mais fatais na intoxicação são:
- Os analgésicos;
- Medicamentos cardiovasculares;
- Antidiabéticos orais, antidepressivos e medicamentos psicotrópicos (antipsicóticos e benzodiazepínicos – tarja preta);
- Relaxantes musculares;
- Antiarrítmicos;
- Antibióticos.
O uso de medicamentos é epidemia entre idosos, que dá mais poder à indústria farmacêutica; ao marketing dos medicamentos (televisão, jornais) e a medicalização dos profissionais da saúde. Isso tem consequência nos setores de saúde e da economia, repercutindo na segurança, ao envelhecer e qualidade de vida dos idosos.
Perigos da rotina
A rotina diária dos pacientes não pode acompanhar as horas ao longo de um dia e identificar a necessidade de ingerir algum medicamento. Um exemplo: tomar algum remédio em jejum, ou outro qualquer no almoço ou no jantar. A rotina dos pacientes idosos e a de seus cuidadores é fundamental para determinar a qualidade de vida e saúde. O cotidiano não deve ser mandado pelos medicamentos, à medida que o paciente envelhecer. Os prejuízos do uso de medicamentos por idosos são bem reconhecidos e estudados.
O cenário brasileiro
Neste cenário, o grande desafio dos médicos no Brasil é contribuir para uso racional dos medicamentos. Nesse sentido, os elementos chave para isso são:
- A educação dos idosos, especialmente no que diz à prática da automedicação;
- A orientação dos riscos da interrupção, troca, substituição de medicamentos
- Inclusão de remédios sem conhecimento dos profissionais da saúde.
Existem programas específicos de atenção ao idoso nos centros de referência e nas universidades da terceira idade. Esses centros podem funcionar como âncoras para realização de cursos ou programas educativos, que ofereçam recursos e treinamentos para que cuidadores, familiares e o próprio idoso possam utilizar os medicamentos de maneira mais segura.
Fonte: Dr. Thiago Bicalho, diretor da clínica CuidarVC – CRM-RJ 52.87865-0 / RJ
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